segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Soneto: O dia 18.

Enquanto homem, sou levado à tormenta injúria,
Pois violo o direito de outrem, por tua companhia.
Me confronto com um poder insano, todo fúria,
Haja vista o tamanho da minha rebeldia.

Com falsos atos, permaneço irreversível a abandonar,
Pois que seja delito e pecado às vistas de Deus.
Mas que julgue-me pelo excesso de vida a zelar,
E pelo amor que imputou aos olhos meus.

Ainda, que mais distante estivesse este sentimento,
E à minha volta soassem somente regras e valores,
Seria, eu, susceptível a erro ou atrevimento.

Se condenado estou, face ao sentimento extremo,
Que seja o réu julgado por esta rica virtude,
Pois tomou de herança de um ser supremo.