domingo, 3 de outubro de 2010

Este país não me merece!!!!

Me desculpe pela preponderância, mas . . .
Este país não me merece, pois não sou um palhaço.

Ele não me merece porque não sei fazer piadas de mal gosto, não visto roupas ridículas, sob uma caricatura de idiota e voz dissimulada. Esta nação, representada por milhões de pessoas, deseja que seus representantes sejam figuras patéticas que denotam infinita estupidez.
Meu país possui uma habilidade enorme em andar na contramão. Esquece das virtudes de um grande líder e exalta palhaços como líderes. Ao ver o Tiririca no Congresso Nacional, em contra partida é como ver um gênio no circo.
Se não fosse pior, o palhaço demonstrou e avisou de que nada sabia e nada faria. Talvez o povo não tenha entendido alguma parte da frase, mas qual: "Eu não sei o que um deputado faz!". Mas qual parte da frase não foi entendida.
Talvez seja eu quem não entendeu nada sobre todo o resto, pois o povo elegeu, e de forma grandiosa, o palhaço em questão.
Então me vejo fora do domínio cognitivo do cidadão brasileiro.
Só não será presidente se não for candidato.

Meu manifesto é triste, porque verei, a partir de amanhã, um nariz vermelho no rosto de cada cidadão na rua. Verei um chapéu de palhaço na cabeça de todo brasileiro que passar à minha frente, lembrando que este país não me merece.

Preciso ir embora, viajar pra bem longe, e lembrar que de tanto estudar, me tornei Mestre, ao passo que o Tiririca de tanto ser estúpido virou o Deputado Federal mais bem votado desta eleição.

Sorria brasileiro, pois se não ver seu país entre as grandes nações, ao menos terá o palhaço pra te divertir.

Sinto por aqueles que são sábios e lutam por uma grande nação. Sinto pela minha filha, sentirei pelos netos.

Sinto muito, mas Este país não me merece!

quarta-feira, 26 de maio de 2010

UM DIA DO cocô DO CÃO

Foi um sábado como qualquer outro, porém trazia o especial de ser o dia seguinte a uma conquista pessoal muito importante: havia reduzido para 1H16min20seg meu tempo nos 15Km, o que significa uma velocidade média de quase 12Km/h. Talvez, isso tenha dado sustentação à liberdade de me dar ao luxo de gozar um sanduíche, em substituição à refeição noturna do sábado em questão. Ofereci-me, cordealmente, à minha esposa para serví-la da nobre ação de ir ao Shopping mais próximo, que fica a uns 500m de minha residência, para buscar nosso jantar. No caminho, a pé é claro, contemplava o ambiente lembrando do dia anterior e sentindo o ar do dever cumprido. Estive, como de costume, a tento a atravessar a rua quando chegasse à porta da clínica veterinária, onde repousa, à sua calçada a sujeira de alguns pobres animais que são levados até ali por seus donos. Assim fiz, e aproveitando o semáforo aberto conclui minha viagem até ao estabelecimento. Ao chegar, e ser recebido por aquela bela porta automática, observei o quanto as pessoas se confraternizavam. Talvez, pela minha maior agilidade, desviava constantemente das pessoas à frente para não sofrer alguma colisão. Distraí-me e levei a primeira ombrada, porém fui eu quem pediu desculpas, olhando para um sujeito quem nem para trás olhou. A segunda foi na costela, proferida por uma criança que corria sem destino, seguida pelo pai. Daí em diante, fiquei muito mais atento. Chegando à praça de alimentação, não imaginava ver todo a Via Láctia aprisionado naquele lugar e imaginei se todos haviam corrido 15Km no dia anterior. Por um segundo lembrei-me da sopinha de miojo que ficou em casa. Teria que enfrentar duas filas: para um beirute, lanche de pão sírio, e uma para o fastfood. Fui até a primeira, que fazia uma curva MEGA, e sem tentar reclamar fiquei lendo os cartazes que mostravam cardápios com um requinte sem igual. Na verdade a realidade era bem diferente. Á minha frente um amigo com um rastafari que não sabia o que era água há um semestre, e distanciei-me. No entanto, atrás um casal conversava palavras sábias sobre o estilo de vida da amiga que ficou grávida aos 16. Tentei dar um passo à frente, para não sofrer as baforadas na nuca mais isso fez com que o rastafari ficasse ao meu nariz e o casal se aproximasse mais ainda. De repente um sujeito tentou bancar o sorrateiro e entrar na fila como quem não quer nada. Impedi de forma educada, lembrando dos 15km e do dever cumprido. Lembrei-me também o quanto o lanche que levo pra casa é diferente daquele do "display", com o agravante que da última vez prometi que não voltaria ali porque havoa comprado praticamente um pão com ovo. Tomei fôlego para reclamar sobre isso, mas de repente a atendente começou a gritar de maneira tão mal educada que me deu pavor, e novamente conceitrei-me nos 15km. Quando chegou a vez do meu pedido, o caixa felizmente travou e o sistema caiu. Senti uma suave nuvem negra sobre minha cabeça. Excetuando os comentários gentis do povo na fila, tentei-me concentar nos QUINZE. Após longos três minutos, tudo estava resolvido. Paguei e retirei a árdua janta. A missão agora era enfrentar a segunda fila para o fastfood. Nela observava o quanto é sujo o uniforme daqueles adolescentes tão mal remunerados. Algumas calças lembravam as roupas do Chaves, seriado mexicano. Num instante, um daqueles maltrapilho, coitado, deixou cair uma caixinha com um produto que alguns chamam de batata-frita. Esta, no entanto, voltou para o mesmo lugar que saiu e seria digerida por algum de nós. Pensei em ligar para a vigilância sanitária, mas me recordei que esta estava em casa, esperando pela caixinha que acabara de cair. Desta vez, não sofri nenhum atentado na fila, mas quando me pediram para aguardar ao lado, veio uma funcionária, que sem pedir licença me golpeou com umas 30 bandejas que carregava. Senti o cruzado no baço e gemi. Nem desculpas ouvi e conclui que aquele local era o ambiente perfeito para tortura física e mental. Quando peguei o produto que comprei trentei sair o quanto antres daquele estbalecimento e assim fiz. Atravessei a maldita porta eletrônica e caminhei em direção à minha casa, trazendo dois sacos: um contendo dois centímetros e meio de gastrite e o outro uma futura disfunção intestinal. Com passos rápidos e com pouca concentração, esqueci-me da clínica veterinária e dos almadiçoados animais com seus bichos de estimação que soltam "bosta" na calçada dos outros. O tiro foi certeiro e pisei numa dessas bromélias anais. A obra era digna de um São Bernardo ou Dogue Alemão. Se estava furioso, fiquei louco de ódio. E como tirar aquilo das entranhas do solado do tênis? Nada como ficar siscando na grama, que nem galinha, por uns cinco minutos. Quando aquilo amenizou, continuei o caminho e pena que não encontrei nenhuma lata de lixo pra afogar minha alegria. Cheiguei em casa e veio à mente o quanto os QUINZE haviam modificado meu sábado.

domingo, 7 de março de 2010

Antes de Partir. (baseado no filme The Bucket List).

Lembro-me que aos dezoito anos achava que estava ficando velho. Dezoito anos após este momento, percebo que há mais, pelo menos, dezoito vezes dezoito pra se viver com muita energia e vontade. Portanto, encontrei uma maneira de comemorar a VIDA, criando meu "Bucket List", para que alguns objetivos sejam assinalados. No momento a VIDA deve seguir seu rumo sem pensar no amanhã, mas quero que esta lista torne explícito alguns dos meus mais importantes desejos. Em destaque estão aqueles já alcançados:

  1. Ter uma casa em Canoa Quebrada, no Ceará, para assistir ao por do sol;
  2. Viajar, de forma a desafiar o que as pessoas acreditam ser arriscado;
  3. Conhecer as pessoas mais importantes do Mundo;
  4. Ser jovem aos 80 anos;
  5. Conhecer a Europa, caminhar pelas Muralhas da China, pelo Vale dos Reis e Jerusalém;
  6. Praticar atividade física de forma a não me desafiar;
  7. Ter uma banda de Rock e tocar para pelo menos 100 pessoas;
  8. Escrever pelo menos 3 livros;
  9. Gravar um CD de músicas próprias;
  10. Gastar uma semana no Louvre;
  11. Fazer uma tatuagem;
  12. Participar da busca incessante por um mundo de paz, de preservação e sem fome;
  13. Fazer a biografia de minha vida, rodeado de netos;
  14. Subtrair lágrimas de olhos apenas com gestos e palavras simples;
  15. Beijar, com extremo AMOR, as mulheres mais lindas do Mundo;
  16. Enquanto viver, sempre acrescentar novos itens a esta lista;

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Soneto: O dia 18.

Enquanto homem, sou levado à tormenta injúria,
Pois violo o direito de outrem, por tua companhia.
Me confronto com um poder insano, todo fúria,
Haja vista o tamanho da minha rebeldia.

Com falsos atos, permaneço irreversível a abandonar,
Pois que seja delito e pecado às vistas de Deus.
Mas que julgue-me pelo excesso de vida a zelar,
E pelo amor que imputou aos olhos meus.

Ainda, que mais distante estivesse este sentimento,
E à minha volta soassem somente regras e valores,
Seria, eu, susceptível a erro ou atrevimento.

Se condenado estou, face ao sentimento extremo,
Que seja o réu julgado por esta rica virtude,
Pois tomou de herança de um ser supremo.